Presskit O que restou da Política (Diogo Chiuso)

O que restou da Política

Ensaios sobre as desilusões ideológicas


Diogo Chiuso
PÁGINAS: 160
FORMATO: 14×21
ISBN: 978-65-997710-1-9
GÊNERO: Ciências Políticas / Ensaios

ONDE COMPRAR:

R$ 49,90


R$ 59,90

TERMOS E PALAVRAS-CHAVE: política, ideologia, fake news, conflitos culturais, crise da modernidade, mal estar da civilização, sociedade do espetáculo, polarização ideológica, direita, esquerda, teoria das elites.

SINOPSE: Neste ensaio, o autor pretende desvendar a confusão da política atual, marcada por extremismos ideológicos que geram um mal estar civilizacional que estimula conflitos e divide compatriotas entre amigos e inimigos. Na sua visão, a essência da política é resolver as divergências através de acordos que visam o bem comum, evitando, assim, que os poderes que deveriam ser usados para unir a sociedade passem a ser motivos para dividi-la. O livro é composto por ensaios que articulam uma diversidade de assuntos e autores tão distintos quanto Michel Foucault, Herbert Marcuse, Walter Benjamin, Max Weber, Karl Mannhein, Bernard Lonergan, George Bernanos, Jean-Paul Sartre e Albert Camus.

SOBRE O AUTOR: Diogo Chiuso é escritor e tradutor. Nasceu em Santos, São Paulo, Brasil, em 1978, e formou-se em Comunicação Social na Universidade Católica Santos, em 2001. Trabalhou algum tempo na área de marketing político, e na organização de eventos culturais, embora tenha passado a maior parte da vida profissional editando livros.

ENDOSSOS:
“Sim senhor: estou diante de um intelectual de altíssimo nível, foi o que eu me disse, ao começar a ler O que restou da política”.
— Antônio Torres, Academia Brasileira de Letras

“Sua escrita é fascinante, clara e objetiva ao mesmo tempo. O conteúdo, mais que nunca interessa a todos.
Parabéns pela publicação, que chega em boa hora”.
— Carlinda Nuñez, professora Titular de Teoria da Literatura na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

TEXTO DA ORELHA:
Quando Diogo Chiuso me convidou para escrever este texto a respeito de seu primeiro livro, O que restou da Política, já sabia que concordaria com tudo o que ele pôs na terrível página branca. Conheço-o há mais de vinte anos, desde os primórdios da Nova Direita; passamos pelas mesmas conquistas e, sobretudo, pelas mesmas ilusões.

Contudo, no meio da leitura, me surpreendi com um capítulo sobre o qual fiquei um tanto confuso. É um trecho breve, mas esclarecedor (como todos os trechos deste livro, a serem sublinhados com a caneta à mão), no qual Chiuso solta uma bomba epistemológica. Ele afirma que a Nova Direita – a mesma Nova Direita da qual nós surgimos – é fruto da “revolução conservadora” alemã de Weimar, fundamentada em um pessimismo cultural próximo do niilismo e que, anos depois, formaria o terreno propício para o surgimento da hecatombe nazista.

Como assim?, me perguntei. Não é possível, argumentei comigo mesmo. Chiuso insiste que, por exemplo, a obra-prima de Werner Jaeger, Paidéia, que influenciou as obras de pensadores fundamentais para a direita conservadora brasileira, como Eric Voegelin e Mario Vieira de Mello, não passa de um produto de leitura enviesada, uma imposição moderna aos conceitos clássicos da Grécia Antiga. Como se não bastasse, no mesmo capítulo, leio uma declaração, em uma perturbadora nota de rodapé, baseada em um aluno do próprio Jaeger, W.M. Calder, que Paidéia só recebeu elogios de “diletantes e leigos incapazes de perceber seus defeitos”.

Não há espaço neste texto para discutir se as afirmações acima têm procedência (eu acho que sim, mas isso é outra história). Porém, o que o livro de Chiuso fez comigo foi justamente a sua intenção desde o início da leitura: a de destruir as nossas ilusões, especialmente as intelectuais e as políticas. Sim, eu continuo a admirar o trabalho de Jaeger. Em todo caso, agora eu leio Paidéia com novos olhos – e sei o que está em risco.

Como o próprio título avisa, Diogo Chiuso quer saber o que restou da Política (sim, com P maiúsculo) depois de toda a desgraça ideológica recente que se abateu sobre o Brasil (e o mundo). E o que sobrou, pelo menos para mim, é o sentimento de que, como diria Nelson Rodrigues, eu sou um “ex-covarde”. Não trapaceio comigo, nem com os outros, afirmava o grande dramaturgo carioca. Tento fazer o mesmo – e nisso o meu amigo Chiuso me ajudou como poucos. E é a partir daí que se recomeça de verdade (e na verdade) a busca da política (agora com “p” minúsculo, graças a Deus) que tanto precisamos nos nossos dias.
— Martim Vasques da Cunha, doutor em ética e filosofia política pela USP. 

Please wait while flipbook is loading. For more related info, FAQs and issues please refer to DearFlip WordPress Flipbook Plugin Help documentation.